É estranho reencontrar o primeiro amor, o primeiro namorado, o primeiro confidente dos segredos. E hoje nos reencontramos, senti sua mão fria e suada, enquanto eu continuava procurando o banheiro da balada. A musica estava muito alta, e eu quase não entendi o que ele disse, mas sorri.
Eu sorri pra ele, depois de anos longe, sem saber o que estava acontecendo na vida do meu primeiro namorado, eu consegui olhar pra ele e sorrir, sem sentir a perna mole, sem precisar beber mais uma dose de vodca.
Encarei de forma bonita, e tao natural, que me surpreendi. Todo mundo dizia que o primeiro amor marca, e hoje tive certeza disso, eu precisei encontrá-lo na balada pra ter certeza que já vivi momentos mágicos do lado dele. E ele me pareceu feliz em me ver, em me ver tao bem, tao feliz e tao madura.
Nao poderia deixar de abraçar e sentir o cheiro, e nesse momento parecia que nem um segundo sequer tinha se passado, eu me encontrava abraçada com ele, sentindo suas mãos me segurando firme. Nao precisamos explicar, nem pedir desculpas, porque sentimos a mesma coisa. Eu e ele, abraçados, mais uma vez.
E antes que eu me esqueça, ou adormeça, o sabor do beijo, o toque suave, e brilho do olhar, continuam, e eu, e ele, e nós, depois de quatros anos separados, esperamos que dessa vez a gente permaneça juntos transbordando amor.