Talvez um simples dia, talvez melhor dia.

Um simples dia, mas tantas coisas que aconteceram, mas coisas que ninguém lembra mais.

Deitada na minha cama pensando, como será meu dia amanha? E depois de amanha. Daqui um mês?

Acordo assustada, dezesseis de abril de dois mil e oito, pontualmente seis horas da manhã, o sol ainda não está clareando meu quarto, mas já é hora de levantar. Pego minhas coisas e vou tomar banho, me arrumo e vou para escola.

Mas não conheço esse lugar, onde estou? Quem são essas pessoas que conversam comigo? Quem é essa mulher que me diz Bom Dia?

Tantas perguntas, mas poucas respostas, parece que as horas voam, converso com tantas pessoas, mas não consigo reconhece-las.

Alguém me chama de Baby, quem é esse menino? Por que ele me chama assim?

Desculpa, mas não sei o que está acontecendo. Quem é voce mesmo?

Hellow Tanmela, Srtª Pimentinhá, sou o Carlos, seu amigo, aquele é o Eduardo seu outro amigo, faz alguns meses que voce está morando aqui, não está lembrada??

Ah, simsim, desculpa, pegadinha da Malandra... hauhau

Ficou sem graça e tento disfarçar, mas todos pensam que estou passando mal, ou variando.

Procuro um espelho, e meu rosto estava perfeito, pego minha identidade, eu percebo que já tinha completado dezessete anos, e nem me lembrava.

Chego na minha casa, o almoço já está pronto, muitas pessoas moram na mesma casa, tento conversar com todas, e logo vou me soltando, fazendo minhas palhaçadas como sempre, todos riem e me chamam de baby.

Por que baby? Baby, porque quando eu fui embora, meus pais falaram pra mim me cuidar, pois ainda era um bebê, e todos me zuavam.

Estava cansada, resolvi dormir um pouco, foi quando alguém me chamou.

-Tanmela, Tanmela... Acorda, já é cinco horas da tarde.

-Pai que dia é hoje?? que mês, que ano??

-Tanmela, pare de brincadeira menina, amanha voce tem prova. Hoje é dia dezesseis de abril de dois mil e sete. Levanta, vai estudar.

Nussa que alivio, não perdi um ano da minha vida. Um ano sem ver passar , passado em branco isso eu não quero.

Quero aproveitar cada dia, até chegar o dia dezesseis de abril de dois mil e oito, com muitas histórias pra contar e fotográfias para recordar cada momento.

BjO*